segunda-feira, 24 de março de 2008

A SEMIÓTICA NA MODA


De acordo com Lúcia Santaella “o estudo da linguagem e dos signos é muito antigo. A preocupação com os problemas da linguagem começam na Grécia. A semiótica implícita compreende todas as investigações sobre a natureza dos signos, da significação e da comunicação, é uma semiótica explícita quando a ciência semiótica propriamente dita começou a se desenvolver” (SANTAELLA, 2002: XII).

Winfried Nöth relata que para Peirce “a semiótica não é uma ciência especial ou especializada, como são as ciências especiais, a física, a química, a biologia, a sociologia, a economia, etc., quer dizer, ciências que têm um objeto de estudo delimitado e de cujas teorias podem ser extraídas ferramentas empíricas para serem utilizadas em pesquisas aplicadas” (NÖTH, 1995: 5).

A noção de signo é básica na lingüística. Signo é a menor unidade de um código dado. As famílias de signos não cessam de se multiplicar pelo planeta.

O desenvolvimento a partir de raízes estruturalistas foi evidente nos trabalhos de Roland Barthes (1915-1980). Ele foi um estruturalista e propagou o programa semiológico de Saussure. No quadro do paradigma estruturalista atingiu o clímax com o seu sistema da Moda (1967).

Abordando a cultura de massa Barthes analisou e encontrou a chave para as primeiras análises semióticas. Definiu o signo como um sistema constituído de E, uma expressão R em relação e C um conteúdo (ERC).

Tal sistema sígnico primário pode se tornar um elemento de um sistema sígnico mais amplo. Se a extensão é de conteúdo, o signo primário se torna a expressão de um sistema sígnico secundário. Neste caso, o signo primário é de semiótica denotativa, enquanto o signo secundário é de semiótica conotativa.

Na crítica literária e cultural, Barthes empregou o conceito de semiótica conotativa para revelar as mais diversas significações ocultas em textos. No seu estudo Mitologias, ele definiu tais sistemas de significações secundárias como mitos. Os meios de comunicação de massa criam mitologias e ideologias como sistemas conotativos. No nível conotativo, ele esconde significações secundárias e ideológicas e no denotativo elas expressam significações primárias “naturais”.

Para Barthes, “o mito é sempre uma linguagem roubada” (BARTHES, 1993: 131). Para J. Lotman, “a arte e a cultura em geral são consideradas como sistemas de modelagem secundárias” (LOTMAN, 1979: 7). Para Pierce, é um significado, que aparece como resultado de um acordo interpretativo dos intérpretes do signo.

Barthes uma nova abordagem de semiologia ou a nova mitologia, não será capaz de separar tão facilmente o significante do significado, o ideológico do fraseológico.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sobre : Morte do filósofo Jean Baudrillard


PARIS - O filósofo e sociólogo francês Jean Baudrillard, feroz crítico da sociedade de consumo e um dos teóricos da pós-modernidade, morreu esta terça-feira em Paris aos 77 anos de idade. Leia frases dele.

O nome de Baudrillard esteve muito tempo na ponta da língua dos fãs de "Matrix". O ensaio do filósofo sobre como os meios de comunicação de massa produzem a realidade virtual inspirou os diretores da trilogia. Além disso, o personagem hacker Neo (Keanu Reeves), guardava seus programas de paraísos artificiais no fundo falso do livro "Simulacros e simulação, de Baudrillard. Reeves também fazia questão de citar o autor em suas entrevistas. Não à toa, Baudrillard foi chamado de pai de "Matrix".

Exageros à parte, o filósofo dizia ter assistido ao filme dos irmãos Wachowski mas não gostado. "Matrix' faz uma leitura ingênua da relação entre ilusão e realidade. Os diretores se basearam em meu livro mas não o entenderam", disse Baudrillard certa vez.

Sempre que o perguntavam sobre sua visão de "Matrix", Baudrillard gostava de citar filmes melhores sobre o mesmo tema. Dois deles eram "Truman Show", com Jim Carrey, e "Cidade dos sonhos", de David Lynch. "Não deixam o real de um lado e o virtual de outro, como 'Matrix'. Esse é o problema", alfinetava. Em entrevista à revista "Época", quando esteve no Brasil, em 2003, o autor disse não ter "nada a ver com um filme de kung fu".

O personagem Neo, longe da aprovação de Baudrillard, que desaprovava separação entre real e virtual - Divulgação

Baudrillard nasceu em Reims, na França, em Junho de 1929. Estudou alemão na Sorbonne e trabalhou como crítico e tradutor, tendo vertido para o francês obras de Karl Marx e Bertolt Brecht. Sua tese de doutorado, “O sistema dos objetos”, foi publicada em 1968. Assim como seus dois livros seguintes, “A sociedade de consumo” (1970) e “Por uma crítica da política econômica do signo” (1972), a obra era voltada para um estudo semiológico do consumo. Baudrillard afirmava que os objetos não possuem apenas um valor de uso (sua finalidade) e um valor de troca (seu preço), como queria a teoria econômica clássica, mas também um valor de signo, por meio do qual eles atribuem um determinado status aos seus proprietários. Para Baudrillard, esse valor de signo era o impulso determinante das práticas de consumo da sociedade contemporânea, que ele considerava danosas e associava a rituais de destruição de riquezas observados em sociedades primitivas.

Um dos fundadores da revista "Utopie", publicou 50 obras, entre elas "A sociedade de consumo" (1970), "Simulacros e simulação" (1981), "A guerra do Golfo não aconteceu" (1991) e "América" (1997). Após os atentados de 11 de Setembro ele escreveu "Réquiem pelas Twin Towers" (2002), ano em que publicou também "O espírito do terrorismo".

Germanista de formação e tradutor de Bertolt Brecht, Baudrillard rejeitou o pensamento científico tradicional e baseou sua filosofia no conceito de virtualidade do mundo aparente. Foi também um crítico radical dos meios de comunicação.

fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/03/06/294817358.asp

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Usuários

Ola! usuários...
venho através deste contemplar a todos com um belo material expositivo sobre jornalismo e poder, para que assim possamos crescer nesse belo conhecimento

muito obrigado!

Eudes